Deixem o título voar não é apenas um livro de poemas, é um convite para explorarmos as matizes que intitulamos de amor, as emoções, os pensamentos e os momentos cravados na alma, que compõem e dão vida às poesias.
Do ser-se nada ao ser-se tudo, há um turbilhão sentido de “quases”. Aceitar o que é, é aceitar sentir e, mesmo assim, deixar que tudo seja livre de ser, de voar, de encontrar o caminho que leva sempre de volta para casa.
Deixem o título voar, deixem o que há dentro nevar, porque nem sempre é preciso dar nome às coisas, mas, antes, vivê-las e senti-las profundamente.
E saberemos
Que te amei sem egoísmos
Em nosso amor secreto.
E quando, por fim, eu chorar
A Última Lágrima,
Serei ainda acariciada na face
(uma última vez)
Pelo Amor de todos os tempos!
Sinto as minha raízes onde sempre chamei, de forma carinhosa, “a aldeia da cidade”. E lá por Ovar vivi até, por necessidade, emigrar para Londres à procura de me desafiar. E desafiei-me, sim, quase sete anos, até decidir voar e saltar de paraquedas em Cascais. Profissionalmente, sou docente do 1o Ciclo do Ensino Básico. Enquanto ser completo, sou como todos nós, muito mais.
E porquê escrever?
Bem… A melhor prenda que a minha mãe me deu, em criança, foi levar-me à biblioteca! Amante de leituras, usei também a escrita, sem o perceber, como ferramenta para me ajudar a manter uma saúde mental mais equilibrada. Muito introvertida, era nos pequeninos textos e poemas que escrevinhava, sem me preocupar com a sua qualidade ou falta dela, que encontrava uma forma de me expressar e expulsar tudo o que não cabia mais em mim.
Fernando Pessoa ressoava comigo, e gostava de poesia. Mas confesso que, na minha cabeça, os poemas diziam quase sempre algo diferente daquilo que vinha escrito nos manuais. Há uma diferença entre gostar-se de ler e ser-se realmente bom aluno de português, deduzo…
Competências à parte, decidi procurar todas as razões “sim”, nem que fosse apenas “porque sim” (para me deixar chegar mais longe), porque as “porque não” haverá sempre alguém que as procure por mim.
Maria Ribeiro (T’aMaRiAs)
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